É impossível, para qualquer pessoa que tenha uma relação especial com o cinema, fique passivo em uma situação como a que estamos vivendo. Na verdade, é impossível que qualquer pessoa que entenda a importância da memória e da preservação se sinta bem no dia de hoje.
Um dos primeiros textos que eu li hoje foi da coluna do Ricardo Feltrin no UOL. Lá ele detalha conversa com pessoas que trabalham na Cinemateca Brasileira e relatam que podemos estar perdendo cerca de 1.000 filmes. É de um absurdo enorme.
Não que espero algo desse governo, afinal, já houveram outros tantos ataques a cultura. Inclusive, não faz tanto tempo que Barbara Paz teve que fazer um financiamento coletivo para a sua campanha no Oscar, pois não teve incentivo do governo.
Ler essa coluna foi como receber um ataque. Ver nossos filmes e arquivos que tanto contribuíram para a cinefilia, acadêmicos, pesquisadores se perdendo assim é algo que não podemos e nem devemos aceitar.
Eu não sei muito bem para que estou escrevendo esse texto, no entanto, me lembrei da entrevista que o Inácio Araújo concedeu para mim, em um momento ele fala que temos que usar nossa voz para denunciar o que está acontecendo hoje com a Cinemateca. Então, não poderia deixar de escrever.
É tarefa dos críticos de cinema, dos cinefilos, dos pesquisadores e de toda a sociedade denunciar esses ataques contra a cultura e a memória. Temos que salvar a nossa Cinemateca.
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