Quem trabalha de alguma forma com o cinema está acostumado a assistir filmes antigos, completar filmografia de grandes diretores do cinema de todas as épocas, períodos e movimentos. Mas, o que podemos esperar do futuro? “Quilombos: tecnologias e saberes ancestrais” feito pelos alunos da Escola Estadual Maria Antonia Chules Princesa parece acenar para os bons tempos.
O documentário foi feito para a disciplina de “Eletiva” da escola. Para quem não sabe ou não está familiarizado, a disciplina procura utilizar os saberes, gostos e habilidades dos estudantes para criar algum projeto. Quando bem sucedidos, os resultados são trabalhos como esse documentário.
E graças a esse empenho dos estudantes vemos e pensamos no quanto os saberes ancestrais estão embutidos na nossa vida e vivência no geral. O quanto esses saberes precisam ser guardados e mantidos pelas tradições. Que a história quilombola sempre tem algo para nos ensinar. Desde quando o plantio vai pegar, até questões como os barulhos podem atrapalhar o cozimento do arroz.
A história oral dessas pessoas precisam ser contadas e registradas. E foi uma disciplina da Escola Estadual que registrou. E, por si só, isso é lindo.
Se esse é o futuro/presente do cinema brasileiro, estou feliz por estar vendo e por ter a oportunidade de ver ele crescer. Viva a escola pública e viva os jovens que fazem e vão fazer cinema no Brasil.
Você pode assistir ao filme na Mostra de Cinema do Vale do Ribeira.