Liberdade é algo que eu prezo muito. Por sorte, na maioria dos lugares que eu já produzi conteúdo, já escrevi ou já participei eu nunca tive problemas em relação a isso. Mas, mesmo assim, ter esse blog é algo que não abro mão pela liberdade que isso me proporciona.
É obvio que eu não estou tirando o valor de uma boa editoria, ao contrário, penso que um bom editor pode transformar um texto ruim em um artigo inestimável. Já estive dos dois lado nessa questão. Já tive texto meu editado para melhor e já editei textos que antes pareciam não ter nenhuma qualidade e que ficaram pelo menos aceitáveis. A editoria é importante na grande maioria dos casos.
Mas ainda assim, ter esse blog e decidir as coisas aqui pela minha vontade é algo que eu não troco mais. Para quem gosta de me acompanhar fique feliz, continuarei aqui pelo tempo que for possivel. Poder escrever meus artigos da forma que eu quiser, minhas críticas, dividir esse espaço com que eu quiser, é algo que me parece ser de grande importância. Saber que eu posso escrever da forma que eu quiser aqui sem precisar dar nenhuma explicação é algo de muito valor. Posso escrever um texto de três parágrafos e publicar. Posso escrever um texto de 20 páginas. Posso, se eu quiser
escrever
assim
E tá tudo bem (como diria o meme que já parece ser velho).
E o mais importante de tudo: as ideias dos meus textos são norteadas apenas pelas questões que eu mesmo me imponho. Fez sentido? Não sei se está fazendo algum, estou escrevendo isso aqui por alguns devaneios que estão rondando a minha mente hoje.
Estava pensando aqui o quanto eu gosto de textos que provocam questões, que fogem dos vereditos. Que não procuram ser verdades absolutas sobre algo que é também subjetivo. Gosto muito de textos que eu saiu da leitura provocado. Que tem mais “talvez” do que “é isso aqui ou aquilo outro”. Tem filmes que eu assisto e quando termina nem eu sei se gostei, me impactou mas não sei como. Como vou gostar de um texto que me diz que uma determinada leitura de uma obra é a única e verdadeira? Não é muito o meu estilo. E vocês que já são leitores aqui – eu ainda me surpreendo de verdade que tem gente que me lê – sabem que eu valorizo mais as trocas, os debates, as discussões do que qualquer outra coisa.
Deve ser por isso que eu goste tanto de filme-ensaio.
Procuro sempre escrever e ler textos que me parecem livres. Não necessariamente na forma, mas principalmente no conteúdo. Saber que aquele texto que eu estou lendo vem das inquietações do autor e não de uma pauta pré-estabelecida é algo que eu ando valorizando muito.
Só uma explicação, quando digo “pauta pré-estabelecida” é no sentido de quando chegam e falam: você precisa escrever o texto deste ou deste modo, caso não seja assim não publicaremos. Deu pra entender? Não sei se está dando pra entender o que estou querendo dizer aqui. Se o intuito desse texto é trazer questões eu acredito que estou indo no caminho certo. Ou não.
Já vou encerrar. A liberdade é importante, politica e culturalmente. Escrevam, assistam e continuem produzindo.